O existencialismo e a angustia de ser
O existencialismo é uma vertente filosófica do século XIX,
que tem foco na existência, na condição da existência humana. O termo
“existencialismo” foi designado somente no século XX por Gabriel Marcel,
filósofo francês, em 1940. O existencialismo francês do pós-guerra ficou
popularizado em razão da obra de Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Albert
Camus. Ela é uma vertente filosófica que acredita que a vida é uma jornada, na
qual adquirimos gradualmente o conhecimento sobre a essência do ser, que seria
mais importante que a substância humana. Seus seguidores não creem que o homem
tenha sido criado com um propósito pré-determinado, mas sim que ele é
construído à medida que percorre sua caminhada, que existe. Portanto, não seria
possível saber o porquê de tudo que ocorre enquanto vivemos, pois não se pode
racionalizar o mundo como nós o percebemos. Esta visão dá margem a uma angústia
existencial e desespero diante do que não se pode compreender e conferir um
sentido. O pensamento existencialista defende, em primeiro lugar, que a
existência vem antes da essência. Ou seja, não existe uma essência humana que
determine o homem, mas que ele constitui a sua essência durante sua existência.
Esta construção da essência se dá a partir das escolhas, visto que o homem é
livre. Nessa condição, ele terá de escolher o que quer ser e efetivar sua
vontade, usufruindo de uma liberdade que não pode fugir. Sendo está a condição
humana, então o homem vive numa angústia existencial. Pelo fato de ter de
escolher a todo instante, cada escolha irá refletir diretamente no que ele é. A
angústia é o reflexo da liberdade humana, dessa ampla possibilidade de escolher
e ser o único responsável por cada escolha. Quanto ao desespero, aquilo que nos
torna quem somos pode ser perdido e nos deixar em desesperados. Contudo, toda
existência humana está em desespero, pois o homem precisa de coisas externas,
que ele não tem controle, para saber ser quem ele é. Assim, mesmo sem saber
estar em desespero, ele está vivendo num constante desespero. Sartre, filósofo
existencialista francês, trabalha também o desamparo. Somos livres, escolhemos,
temos a angústia de escolher e o desespero de perder tudo. Todavia, também
estamos desamparados. Visto que não temos desculpas a dar ou a quem culpar por
nossas escolhas erradas, injustas ou desonestas. O existencialismo é o conjunto
de ideias que coloca no ser humano a responsabilidade por seus atos. Não há
desculpas e justificativas, o que somos ou o que fazemos não é fruto de nossa
infância, de nossa criação, do destino ou de uma divindade. Estamos sozinhos,
lançados no mundo, pois não há nada anterior à nossa existência para definir o
que somos.
Referências bibiográficas
https://www.todamateria.com.br/existencialismo
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/existencialismo.htm
https://www.significados.com.br/existencialismo
http://www.philosophy.pro.br/existencialismo.htm
https://www.educabras.com/vestibular/materia/filosofia/aulas/o_existencialismo
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